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Críticas

As Crônicas de Spiderwick

Filme reavive fábula para a criançada

Por Luiz Joaquim | 20.03.2007 (terça-feira)

Há uma reunião de forças competentes na plástica em “As Crônicas de Spiderwick” (The Spiderwick Chronicles, EUA, 2008), filme de Mark Waters (de “Meninas Malvadas”) adaptado da homônima coleção infanto-juvenil literária de Tony Di Terlizzi e Holly Black. A produção do filme é de Mark Caton (“300”) e a direção de arte é de James D. Bissel (“E.T. – O Extraterrestre”).

“Spiderwick” vem na clássica estrutura das fábulas cinematográficas hollywoodianas, nas quais as crianças são vítimas de descrença dos adultos, que não acreditam nos amigos imaginários que só elas conseguem enxergar. No caso, as crianças são os atores Freddie Highmore (de “O Som do Coração”) contracenando consigo mesmo, como os gêmeos Jared e Simon, e Sarah Bolger (como a irmã mais velha, Mallory).

Eles estão, em companhia da mãe (Mary-Louise Parker), recém-separada do marido (Andrew McCarthy), mudando para uma mansão antiga e abandonada pela família. Após abrir um livro proibido encontrado no sótão, Jared, o gêmeo danado, libera uma magia que reavive criaturas feias e más da floresta por trás da casa, por alguma razão, o bicho-chefe, e mais feio de todos, quer o tal livro para ficar mais malvado ainda.

Nada a acrescentar em termos temático aqui que não tenha sido visto em outras “Crônicas” ou mesmo em “Gremlins” lá nos anos 1980. Um aspecto dramático interessante aqui é a da figura paterna na história. O pai vivido por McCarthy é um ausente e só entra em cena para ser simbolicamente assassinado pelo próprio filho. No outro lado, o pai de David Strathairn (bisavô das crianças), reaparece para a filha (Joan Plowright), já uma octogenária para cumprir uma promessa feita há oito décadas. Bonito.

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