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Festivais

Festival do Rio 2009 (abertura)

Tudo que o cinema pode oferecer

Por Luiz Joaquim | 23.09.2009 (quarta-feira)

Todos os anos, a mídia mundial pára quatro vezes e direciona seu olhar no cinema. Em fevereiro, com foco em Berlim e depois em Los Angeles, em maio atenta a Cannes, e em agosto observa Veneza. Não que o mundo inteiro esteja olhando agora para o Rio de Janeiro, mas o Festival do Rio, que inicia amanhã (quinta, 24)com mais de 300 títulos inéditos divididos em mais de 40 espaços pela capital da Guanabara e exibindo produções de cerca de 60 países, não deixa dúvida de que é o marco zero do ano cinematográfico no Brasil. Mesmo a mostra “Premiere Brasil” (PB) – só com lançamentos nacionais -, já se tornou mais significativa (em quantidade e qualidade) que a maioria dos festivais brasileiros exclusivamente com produções da terra.

Para se ter idéia, nesta edição, a PB mostra 18 curtas-metragens e 42 longas novos ou recém-exibidos em festivais. É o único módulo do Festival do Rio que é competitivo. No páreo pelo troféu ‘Redentor’ estão “Cabeça à Prêmio”, longa de estréia na direção de Marco Ricca, “O Sol do Meio Dia”, de Eliane Caffé, “Hotel Atlântico”, de Suzana Amaral (que também ganha uma sessão especial com cópia restaurada de seu “A Hora da Estrela”), “O Amor Segundo B. Schianberg”, de Beto Brant, “Os Famosos e Os Duendes da Morte”, estréia também de Esmir Filho, “Os Inquilos”, de Sérgio Bianchi, “Sonhos Roubados”, de Sandra Werneck, e “Viajo porque Preciso, Volto Porque te Amo”, de Marcelo Gomes e Karin Ainoüz, que já exibe às 21h30 desta sexta-feira na Cinelândia, no Cine Odeon.

A PB também mostra outros longas em ficção além de seis documentários. 16 curtas competem além de dois hor-concours, incluindo o de Sérgio Machado “O Príncipe Encantado”. Há, ainda, as mostras especiais “Retratos”, sobre personalidades da história brasileira, “Novos Rumos”, que revela novos talentos, e “Música”, com quatro filmes sobre música brasileira.

Como se não bastasse, o festival traz nobres convidados internacionais como a atriz francesa Jeanne Moreau, o diretor Quentin Tarantino, o argentino Juan José Campanella e uma das precursoras da Nouvelle Vague, a cineasta Agnes Varda. Na grade de filmes estrangeiros, dois programas são bastantes concorridos “Panorama” e “Expectativa”. Na primeira estão, entre outros, “Abraços Partido”, de Pedro Almodóvar, “Aconteceu em Woody Stock”, de Ang Lee, “Bastardos Inglórios”, de Tarantino, a mais recente Palma de Ouro “A Fita Branca”, de Michal Haneke, e “Bright Star”, de Jane Campion. Na segunda, estão as surpresas, filmes de realizadores desconhecidos que já se apresentam aqui como promissores cineastas. Descobrir estes realizadores é mais um dos prazeres que um festival assim proporciona.

Para quem tiver mais fôlego, é só procurar outros títulos na “Première Latina”, “Midnight”, “Gay”, “Fronteiras”, “Dox”, “Geração” para criança (que já comemora a décima edição), e as novas seções especiais: a “Meio Ambiente”, com oito filmes voltados para os temas ecológicos e sociais; a “O Brasil do Outro”, com filmes mostrando o Brasil visto pela ótica estrangeira, e “Imagens da Turquia”, com seis longas da mais nova safra do cinema turco. É para cinéfilo passar mal pelo excesso de oportunidades.

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