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O obsceno

Câmera clara 379

Por Luiz Joaquim | 27.01.2014 (segunda-feira)

No cinema, como em qualquer outra expressão artística, o obsceno não tem relação com o sexo ou com a moral, mas sim com o exagero. Em qualquer instância, o exagero é obsceno pois deforma aquela expressão pela qual ela se apropria. Exemplo? Um filme cuja violência é incessantemente repetida, sem espaços de respiro entre uma porrada e outra é obsceno não pelo impacto da pancada, mas por nos querer impressionar por esta ininterrupta violência. Contexto e coerência são os condimentos para um filme, digamos, minimamente razoável. Outro exemplo, um filme com uma sucessão de dramas, com sofrimento e sensações de tristeza se atropelando não nos tocam, nos distraem uma vez que aquele ritmo não é próprio da realidade; e o cinema gosta de realidade, embora seja uma linda mentira.

China
Com o perdão do trocadilho, cinema é um negócio da China. Naquele pais, segundo a revista Variety, surgiram em 2013 o total de 903 novos multiplex. Ao todo foram 5.077 salas de cinema. O informe oficial do país registrou que hoje são 18.195 cines por lá. Os números astronômicos apontam que a taxa de crescimento de público foi de 30%. Considerando seus 1,3 bilhões de habitantes, o terreno ainda é fértil para crescer.

De manhã
A julgar pela grade de sessões nos cinemas, o mercado de exibição no Brasil vai bem. Um parâmetros para entender isto são as sessões que acontecem pela manhã. Mesmo sabendo que estamos em período de férias, a prática de iniciar sessões antes do meio-dia não acontecia desde os anos 1970. No Cinemark Recife, por exemplo, há sessões diárias de “O Herdeiro do Diabo” às 11h50. “Muita Calma Nessa Hora 2” às 11h05 e 11h40, “Frankestein” às 11h20, e “Caminhando com Dinossauros” às 10h50.

Blu-ray
O informativo Filme B divulgou que a venda de Blu-ray cresceu 4,2% nos EUA. É um crescimento pequeno para um 2013 que vendeu 124 milhões dos discos azuis por lá. Após a crise do DVD, cujas vendas caíram 13,6% até agora, o mercado busca um substituto para faturar em home-video. Estudos apontam, entretanto, que a busca cresce para a compra por mídia não física, como compra e aluguel de filmes online, que crescem numa proporção de 38% em 2013.

Robocop
A versão 2014 do “Robocop” dirigido por José Padilha tem data de estreia no Brasil dia 21 de fevereiro. Para promover a estreia, o protagonista Joel Kinnaman e o ator Michael Keaton se juntarão ao diretor Padilha no Rio de Janeiro para cumprir uma agenda de entrevistas para a imprensa e atividades de lançamento do longa. O filme teve um orçamento de US$ 140 milhões e traz ainda no elenco Samuel L. Jackson e Gary Oldman.

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