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Reportagens

A Seita (Festival do Rio)

Ficção-científica no Recife

Por Luiz Joaquim | 05.09.2015 (sábado)

Na última terça-feira, O Festival do Rio, que hoje é uma das maiores vitrines do cinema brasileiro para o mercado exterior anunciou sua seleção para a mostra dedicada à filmes nacionais, a Première Brasil. O evento, que acontece entre 01 e 14 de outubro, destacou dois novos longas-metragens de Pernambuco nesta sua 17ª edição.

Um deles é o muito esperado “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro, que já tem agenda apontadas em festivais no exterior como no Festival de Veneza, onde teve sua primeira exibição pública na mostra Horizonte, na noite de quinta-feira (03). Mas é o segundo realizado no Estado que chama mais atenção em função do inesperado, segundo pelo audácia na composição dramática.

O filme chama-se “A Seita” e é a primeira investida do jovem André Antônio, jornalista envolvido há alguns anos com a produção cinematográfica local, tendo trabalhado para a CinemaScopio e para a Símio Filmes. Sendo um dos fundadores da Surto & Deslumbramento, André lança o primeiro longa da produtora coletiva e inicia sua jornada com coragem; também entrando pela porta da frente, na mostra Novos Rumos da Première Brasil.

“Escrevi o roteiro de -A Seita- em 2013. Passei uma temporada no Rio [de Janeiro] e foi lá que ele nasceu. Por ser uma ficção-científica envolvia um maior investimento no figurino [Alisson Santos e Paulo Ricardo] e na direção de arte [que é assinada por Thales Junqueira, de -Que Horas Ela Volta?-]. Daí resolvemos correr atrás de um apoio, foi quando inscrevemos no Funcultura e vencemos”, lembrou.

Sobre seu roteiro, André recorda que todos lhe diziam: “Isto rende um longa-metragem”, mas o cineasta não dava muita atenção. “O roteiro tinha muita informação, era muito detalhado, mas eu achava que era assim por uma possível deficiência minha em escrever o roteiro do que, realmente, por ser consistente para render um longa”, relata.

Roteiro filmaldo, o realizador foi para ilha de edição com seu montador Chico Lacerda. “Aconteceu que Chico encontrou mesmo um bom ritmo no material bruto que tínhamos e achou ali um longa-metragem, me convencendo”, revela.

Sobre o enredo do filme, “A Seita” tem como ano 2040. “Nessa época, todas as pessoas que possuem melhor condição financeira migraram para colônias espaciais. Nosso protagonista é vivido por Pedro Neves e é nessa circunstância que ele decide voltar ao Recife”, adianta André. Para o desafio de fotografar tal empreitada, o grupo convidou Breno César (de “Ferrolho”).

SELEÇÃO – O filmes de Gabriel Mascaro e André Antônio exibem na Première Brasil do Festival do Rio junto a outros 39 longas-metragens e 19 novos curta nacionais

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