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Críticas

Até que A Sorte nos Separe 3: A Falência Final

Será a última mesmo?

Por Luiz Joaquim | 01.01.2016 (sexta-feira)

texto escrito para 24 de dez 2015, publicado 01 de jan 2016

O próximo sucesso de milhões de espectadores, do cinema carioca é um dos piores filmes de 2015. Mas que assertiva contraditória é essa? Não há, na verdade, contradição quando se fala de baixas pretensões artísticas num produto comercial que é chamado de filme e é lançado de forma milionária nas salas de cinema. O próximo fenômeno de bilheteria nacional do qual falamos é “Até que a Morte nos Separa 3: A Falência Final” (Bra., 2015), de Roberto Santucci e Marcelo Antunes. Obra que estreia hoje e que pode vir a encerrar a franquia iniciado em 2012 e continuou em 2013, com todos os filmes tendo Santucci no comando.

Quando o protagonista Leando Hassum realizou a cirurgia de redução de estômago no final de 2014 muitos na mídia questionaram se sua graça iria sumir junto com os 46 quilos que perdeu. E este “Desafio Final” trata de abrir exatamente com um justificativa para apresentar o agora ex-gordo Tino (Hassum). Ele aparece perdendo, por pouco num concurso de emagrecimento, o prêmio de R$ 1 milhão a ser dado pelo programa de auditório do apresentador Luciano Hulk

A julgar por essa situação prelúdica no filme 3 – e que se repete por toda sua extensão – podemos dizer que se o humor de Hassum não foi todo queimado junto com o seu excesso de calorias, pelo menos deixou saliente que sua graça é limitada. Bem limitada.

O esforço do ator aqui agora concentra-se nas caretas e nos diálogos rápidos e chulos. Nas caretas principalmente, quase numa tentativa de alcançar a mesma mimética tão bem utilizada por Jerry Lewis, com quem Hassum teve a honra de contracenar rapidamente no filme 2. Acontece, porém, que Hassum nessa tentativa convence apenas como, no máximo, um imitador esforçado.

No enredo, bem bolado, registre-se, o ex-rico Tino vende bugigangas no semáforo até ser atropelado pelo filho Tom (Bruno Gissoni) do investidor mais rico e respeitado do Brasil. Quando volta da coma de sete meses, Tino descobre que sua filha mais velha (Júlia Dalavia) está noiva de Tom.

Mas o ciúme de sua filha é mais forte em Tino do que a possibilidade dele tornar-se o pai da nora do homem mais rico do Brasil. Mesmo com o conflito estabelecido, a facilidade pelo dinheiro fala mais alto. Isso acontece quando o bilionário pai da noiva, Rique (Leonardo Franco) lhe oferece um cargo de executivo em sua empresa. Lá, tino encontra o velho amigo Amaury (Kiko Mascarenhas), a quem sempre traga para baixo, com suas trapalhadas.

Em meio a condução do enredo vão surgindo esquetes quase independentes – como a visita que Tino e Amaury fazem a presidente Dilma Rousseff. Piadas machistas à parte (e são muitas), a situação gera graça muito em função do atual momento político do Pais e da ótima sósia da presidente e da até inclusão de um Nestor Cerveró com sua peculiar disfunção ocular.

ELENCO – Em meio as caretas cansativas de Hassum, sobressaem-se atuando com competência e convencimento (dentro do que o filme exige) gente como Camila Morgado, Leonardo Franco, Silvia Pfeiffer e, particularmente, Kiko Mascarenhas, dando credibilidade a tudo que fala em cena.

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