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Críticas

A última ressaca do ano

Esquemático, mas bem divertido. Jannifer Aniston e escritórios dão boas piadas.

Por Luiz Joaquim | 08.12.2016 (quinta-feira)

Estreia A última ressaca do ano (Office Christmas Party, EUA, 2016) estrelado por Jason Bateman com Jennifer Aniston e dirigido por Josh Gordon com Will Speck, a mesma dupla de realizadores responsável por Coincidências do amor (2010), também com Bateman e Aniston no elenco.

Mescla de um já clássico Se beber não case (2009) com o ótimo Papai Noel às avessas (2003) – cuja sequência, o filme 2, estreou nos EUA dia 23 de novembro sob a pecha de ser um desastre -, este A última ressaca do ano parece nos fazer lembrar que comédias que envolvem Jennifer Aniston e situações num ambiente de escritório sempre valem uma olhada.

Senão, lembremos: Como enlouquecer seu chefe (Office Space, 1999); Quero matar meu chefe 1 e 2 (Horrible Bosses, 2011/2014, também com Bateman).

Mas A última ressaca…, apesar do bom humor que certamente fará o espectador rir sem culpa em mais de um momento, sofre no conjunto do discurso de seu roteiro. Talvez pelo fato dele ter sido escrito a seis mãos – Justin Malen, Laura Solon, Dan Mazer – e feito a partir de um argumento também bolado por outras seis mãos – Jon Lucas, Scott Moore, Timothy Dowling.

Ao mesmo tempo, há uma muito grande gama de bons e bem resolvidos personagens satélites que engordam a simpatia do espectador para com um fato de que aquela grande festa de fim de ano da empresa Zenotech, de tecnologia da informação, soe convincente, verdadeira. Ou melhor, que você acredite nela, por rapidamente ficar “amigo” de tantos rostos da festa.

Estes personagens satélites giram em torno do executivo da filial de empresa em Chicago. Ele é Clay (T. J. Miller), sujeito que sempre deu mais importância à diversão e informalidade que ao lucro. Tanto que seus funcionários o tratam como um amigo.  Junto ao seu principal diretor, Josh (Bateman), Clay organiza uma megafesta de fim de ano no escritório para conquistar um potencial investidor (Courtney B. Vance) para Zenotech.

 

Como conflito para a situação, além da diversidade de bagunça que uma festa assim regada a muito álcool e drogas pode sugerir, há um principal personagem antagônico, vivido por Aniston. Ela é Carol (nome que gera um sem-numero de piadas no filme – cuja algumas ‘Carois’ na platéia possam não gostar).

Carol é a irmã mais velha de Clay que deseja fechar a filial de Chicago, demitir a todos de lá, e tornar-se presidente da empresa herdada do falecido pai. Ela é o rascunho de uma megera. O que torna seu personagem um tanto esquemático e conveniente demais para o argumento.

Numa das cenas mais radicais, para mostrar o quanto ela é sem-coração, Carol prega um trote numa menininha ao “falar” com Papai Noel pelo celular.

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