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Críticas

12 Heróis

12 homens e (é) uma bomba

Por Renata Malta | 15.03.2018 (quinta-feira)

12 heróis (12 Strong, EUA, 2018) traz à tona a perspectiva americana dos acontecimentos pós 11 de Setembro. O filme é o primeiro longa-metragem do dinamarquês Nicolai Fuglsig e trata da primeira equipe das forças especiais dos Estados Unidos a chegar ao Afeganistão, iniciando o combate contra o talibã no norte do país. Os fatos são uma adaptação do livro Horse Soldiers de Doug Stanton roteirizados por Ted Tally (Dragão Vermelho) e Peter Craig (Jogos Vorazes- Esperança).

Liderados pelo Capitão Mitch Nelson (Chris Hemsworth) o grupo de 12 oficiais americanos se despede de suas esposas com direito a foto das companheiras, promessas de volta, filho revoltado por nunca verem o pai e que partem para se unir aos aliados comandados pelo General Dostum (Navid Negahban), da Aliança do Norte, a fim de conquistar o território de Mazar-e Shariff.

No oriente-médio, o grupo de americanos se depara com precariedade com a qual o combate será realizado. Os heróis irão para o confronto montados em cavalos enquanto seus algozes estão munidos em tanques de guerra.  

O Capitão Nelson, na tentativa de provar sua competência em levar o pequeno grupo de combatentes a um território de difícil acesso em um tempo reduzido, discorre uma série de discursos motivacionais a todos que precisa convencer. Esses diálogos ganham ainda mais dramaticidade após o encontro com o General Abdul Rachid Dostum. Os dois falam a mesma língua e não é só o Russo (como se comunicam a princípio). Há uma grande tensão compartilhada pela vingança. Ambos possuem inimigos semelhantes ao longo da história.

O personagem do atual vice-presidente do Afeganistão (envolvido em diversas acusações de crimes de guerra, além de sequestro, tortura e estupro do seu concorrente político Ahmad Ishchi) é retratado como um homem sábio e honrado que protagoniza profundas e sensíveis conversas com o Capitão sobre como ser um soldado. Dostum é um apoiador das artes e da emancipação das mulheres, em contrapartida, o grande caricato vilão Mullah Razzan (Numan Acar), um homem frio, violento e retrogrado que contribui para o retardamento da educação feminina.

As aguardadas sequencias de batalha são empolgantes, mas, pouco inovadoras e quase sempre acontecem na mesma ordem: muitos tiros de lá pra cá, dificilmente uma arma é recarregada e quando os americanos estão no limite da desvantagem: Laçam uma bomba nos inimigos.

A missão dos 12 combatentes foi um importante episódio para os americanos na história da guerra do Afeganistão e os sobreviventes são, até hoje, homenageados pelo feito. Lembrados, inclusive, no monumento America’s Response, localizado no Memorial e Museu Nacional do 11 de Setembro . O filme tem estreia no Brasil no dia 29 de Março.

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