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Festivais

44º Mostra de SP (2020) – Programação

Serão 198 filmes, numa seleção feita de 71 países, disponíveis em plataforma streaming a partir de 22/10

Por Luiz Joaquim | 10.10.2020 (sábado)

Acima, imagem de Nova Ordem, de Michel Franco, que abre a 44ª Mostra.

No final da manhã de hoje (10), Renata de Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, concedeu coletiva de imprensa sobre sua 44ª edição, que inicia na noite de 22 de outubro (até 4/11), com sessão do violento filme Nova ordem, de Michel Franco, premiado em Veneza. Primeiro a sessão acontece no Drive-in Belas Artes (SP), e a partir das 20h daquela data os filmes ficam disponíveis na plataforma Mostra Play criada especialmente para dar acesso aos títulos.

Na plataforma, estarão disponíveis os 198 filmes da seleção feita de 71 países, para serem assimilados nas duas semanas do evento. “Por que criar uma plataforma específica em ano de recessão financeira?”, colocou Renata. E respondeu: “Porque uma das dificuldades para convencer os produtores a deixar seus filmes acessíveis por streaming tinha a ver com a segurança. Dessa forma, resolvemos criar uma estrutura de transmissão igual a de festivais como a Cannes, Toronto e Tribeca. Isso já foi um estímulo a convencer os produtores nos confiar seus filmes. Há também o aspecto de deixar a visibilidade de nossos apoiadores em destaque, também com segurança”, concluiu.

Entre os 71 países envolvidos na programação, o Lesoto é um dos que faz sua estreia no evento. O filme que vem de lá – Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição – é dirigido por Lemohang Jeremiah Mosese, e esteve em Sundance e Berlim.

Renata Almeida, em foto de Natali Hernandes/ agenciafoto.com.br (2018)

Renata deu outros destaques da programação, mas sem deixar de registrar seu lamento por saber que ao indicar uns, deixa de lado outros tão atraentes quanto os que menciona. Em sua fala, ouvimos Coronation, documentário do chinês Ai Weiwei, que investiga a dinâmica de hospitais e lares em Wuhan, a primeira cidade atingida pela epidemia global do Covid-19.

Falou do programa de curtas dirigido por célebres, como Jia Zhangke (A visita), o iraniano Jafar Panahi (Escondida), e Sergey Loznitsa, ao qual deu o nome de Masters in short. Do Irã veremos ainda Não há mal algum, de Mohammad Rasoulof, que levou o Urso de Ouro em Berlim.

Ainda em destaque Siberia, do Abel Ferrara (presente também em Berlim); Caminhando contra o vento, do chinês Shujun Wei; Gênero Pan, do filipino Lav Diaz, em um filme curto (2h37) para seu padrões; o italiano Fábulas ruins (melhor roteiro em Berlim), dos irmãos Fabio & Damiano D’Innocenzo; além de brasileiros que também passaram pelo festival alemão: Cidade pássaro, de Matias Mariani, e Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes.

Falando dos brasileiros, a 44ª Mostra de SP dará a oportunidade vermos o Casa de antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, que recebeu o selo de Cannes neste ano em que o festival francês não aconteceu, mas recomendou os filmes de sua prévia seleção para 2020. De Portugal, um destaque: O ano da morte de Ricardo Reis, adaptação feita por João Botelho a partir da obra de José Saramago, tendo Chico Diaz no elenco.

Sobre o Prêmio Humanidade, esta edição não o dedica a um nome único do cinema, mas a todos os funcionário da Cinemateca Brasileira, dividindo-o com o realizador Frederick Wiseman. Já o Prêmio Leo Cakoff vai para a produtora Sara Silveira, “um símbolo de resiliência”, como disse Renata durante a coletiva online.

Acompanhe a cobertura da 44ª Mostra SP pelo CinemaEscrito.com

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