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Os 1970s Amamos (#3)

Três Mulheres (Three Women, 1977)

Por André Pinto | 29.04.2021 (quinta-feira)

Robert Altman transforma os próprios sonhos e pesadelos num de seus melhores filmes. Nesse caldeirão temos drama, um crescendo de suspense a lá Hitchcock, e ecos de um filme de horror. Temos duas mulheres que possuem o mesmo nome, e parecem ter uma relação de aproximação e conexão mais estreita do que parece.

Altman faz com que as duas atrizes, [Sissy] Spacek e [Shelley] Duvall aos poucos se transmutem em um só personagem sem usar um único efeito especial. Apenas trabalhando na psiquê. As surreais e assustadoras pinturas da personagem da artista grávida lacônica Willie [Janice Rule], o contraponto da [personagem de] Duvall, completam a atmosfera surreal da obra.

Cena de “Três Mulheres”

Temos um uso de cores e reflexos espetaculares, e também o que considero a melhor interpretação da carreira de Shelley Duvall. Com apenas 25 páginas de um roteiro indicativo, as atrizes brilham com suas próprias improvisações.

“1 mulher que se torna 2, 2 mulheres que depois se transformam em 3, e que finalmente se transformam em 1”.

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