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Julgamentos

e sobre as críticas com infos de bastidores?

Por Luiz Joaquim | 14.12.2009 (segunda-feira)

A natureza de fazer julgamentos é sempre cruel. Já falamos sobre isso, aqui no Câmera Clara. Subtende-se por “julgar” fazer uma avaliação sobre algo apresentado. Nesse processo, são duas situações que se colocam junto ao julgamento. 1) a bagagem sócio-cultural, associada ao situacional estado de espírito do juíz e 2) o volume de informações que se apresenta a esse juiz. Fazer críticas de cinema, de artes, de um modo geral, implica, entre outras coisas, no desdobramento de um julgamento diante de uma obra. É óbvio que para qualquer obra criada, houve o prévio momento da criação desta obra. Esse prévio momento, apesar de ser insodável em sua totalidade ao crítico, é sempre revelador e pode influenciar a leitura do juiz para tal obra. Não é o caso de definirmos, por exemplo, uma “crítica certa” por saber detalhes dos bastidores da produção de um filme em detrimento de uma “crítica errada”, por uma avaliação apenas a partir da obra, com ignorância dos bastidores. Existem inspiradoras resenhas de críticos que nunca tiveram contato com o cineasta do filme em questão, e existem inspiradoras resenhas de críticos que sabem quase tudo sobre os bastidores. Não é a toa que vemos algumas diferenças consideráveis de um texto escrito sobre um filme antes e depois do jornalista entrevistar seus realizadores. Isso porque uma gama de novos detalhes de concepção são apresentandos. E toda informação, por menor que seja, influencia um julgamento. Toda.
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SENAC
O Senac realiza, às 8h do domingo 20-dez, na praça do Marco Zero, o projeto aberto ao público “Recife Digital: um minuto cinematográfico sobre a capital pernambucana”. Os interessados em participar devem comparecer ao local com filmadoras, câmeras fotográficas e celulares. As imagens coletadas – fotos e vídeos de até um minuto – podem ser feitas tanto por moradores do Recife quanto por turistas. Captadas, as imagens serão editadas em um único filme que será exibido nos dias 30 e 31 de janeiro de 2010 em uma mostra aberta ao público no Espaço Cultural dos Correios.
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Edital Petrobrás
Desde quinta-feira, estão abertas as inscrições para a seleção pública de Festivais de Música, Festivais de Cinema e Difusão de Filmes de Longa-metragem do Programa Petrobras Cultural (PPC). Nele é destinado um total de R$ 9 milhões. O prazo de inscrições – feitas apenas pela internet, (http://www.petrobras.com.br/ppc) – encerra dias 11 de janeiro (festivais) e 1º de março (difusão de filmes) de 2010. A edição 2009/2010 do PPC vai selecionar projetos de festivais de cinema por projetos que terão de optar por três faixas de valores: até R$ 100 mil, até R$ 200 mil e até R$ 300 mil. A verba total será de R$ 3 milhões.
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HUMOR
A produtora norte-americana Mandate Pictures assinou contrato por dois anos com David Gordon Green, Jody Hill e Danny McBride para realizar um alto conceito de comédias a partir do humor sob uma nova marca, a da “Rough House Pictures”. O trio tem feito filmes desde a faculdade de cinema, na Carolina do Norte. Gordon Green diz que a idéia é fazer comédias distintas das do mainstream. Curioso observar que Gordon Green, 34 anos, começou a carreira com o belo e denso drama “Prova de Amor” (2003) e depois nos deu o problemático “Contra Corrente” (2004). A fama só veio na comédia “Segurando as Pontas” (2008). Saudade do Gordon Green sério.

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