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Festivais

15° Cine-PE (2011) – Monga

Tem macaca no bolo

Por Luiz Joaquim | 04.05.2011 (quarta-feira)

“Gostaria que você não revelasse muitos detalhes sobre o filme, para deixar a sessão mais instigante para o público”, pediu Petrônio de Lorena, em conversa por telefone. O filme dele se chama “Calma Monga, Calma”, única obra pernambucana entre os seis curtas-metragens que integram a programação competitiva do Cine PE, a partir das 18h30, no Centro de Convenções.

O projeto, com patrocínio dos editais do Funcultura e da Petrobras, além de apoios culturais das empresas Excelsior Seguros e Jodibe, narra a curiosa história de Monga, mulher-gorila perseguida tanto pela polícia investigativa quanto pelo jornalismo sensacionalista do Recife. “O filme fala da psicopatia da Monga, pessoa muito explorada na vida e que desenvolveu uma tara específica. Mas não vou dizer qual é essa tara, apenas que ela é suspeita de crimes contra jovens varões da sociedade pernambucana”, avisou o diretor.

O filme é uma crônica underground da cidade, narrando a história de Monga como uma mistura de gêneros. “Me inspirei em seriados policiais, cinema noir, cinema marginal brasileiro, filmes B”, explicou Petrônio. Em termos de ideologia política, o curta tem um posicionamento definido: “O filme se identifica com a idiossincrasia brasileira, em especial do Recife. Espelha questões da população, através da forma como Monga se expressa e o que fez ela ser daquele jeito, como uma consequência da relação com a sociedade”, analisou o diretor.

Completam a programação de curtas os filmes “O Som do Tempo” (CE), de Petrus Cariry, sobre o contraste entre a vida numa metrópole e o tempo passado, “Matinta” (PA), de Fernando Segtowick, baseado no folclore do Pará, “Tempestade” (SP), de Cesar Cabral, que narra a busca solitária (e silenciosa) de um marujo por sua amada, além das obras “Flash” (SP), de Alison Zago, e “Falta de Ar” (DF), de Ércio Monnerat.

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