X

0 Comentários

Festivais

16º Cine-PE (2012) – Ney Latorraca

Entre o teatro o cinema e a TV

Por Luiz Joaquim | 27.04.2012 (sexta-feira)

O primeiro homenageado da trinca de personalidades lembradas este ano pelo Cine-PE é o ator Ney Latorraca – os outros são Fernando Meirelles (amanhã) e Cacá Diegues (domingo). Hoje, logo depois do intervalo e antes da exibição do longa-metragem “Paraísos Artificiais”, Latorraca, 68 anos, sobe ao palco do Cineteatro Guararapes onde deve acompanhar uma retrospectiva de sua carreira de artista, cujo começou foi bem cedo, aos sete anos, trabalhando numa rádionovela da Record.

A trajetória de Latorraca está mais marcada com o teatro que no cinema. Começou numa montagem escolar de “Pluft, O Fantasminha”. Depois de outras experiências em São Paulo, viajou a Alemanha, onde se aperfeiçoou, e voltou ao Brasil quando participou de várias peças na virada dos anos 1960 para os 1970.

Foi por esta época que começou a frequentar a ‘Boca do Lixo’ – reduto do cinema underground paulista naquele período – e a participar de filmes como “Audácia”, filme de episódios de Antônio Lima, no qual aparece em “Amor 69”. Um dos destaques desse período é sua participação no filme “Sedução” (1974), de Fauzi Mansur. Quando muda-se para o Rio de Janeiro, conhece o sucesso nacional pela novela “Estúpido Culpido”, em 1976.

Um ano depois, trabalha com Paulo César Saracene no filme “Anchieta, José do Brasil”. Depois concentra-se na TV e esporadicamente retorna ao cinema. Surge em filmes fortes como “Das Tripas Coração” (1982), de Ana Carolina, “Ópera do Malandro” (1986) de Ruy Guerra, “Ele, O Boto” (1986), de Walter Lima Jr., e “Festa” (1988), de Ugo Giorgetti. Esteve ainda no marco da Retomada, “Carlota Joaquina: Princeza do Brasil” (1996), de Carla Camuratti.

Mas recentemente apareceu em “Minha Vida em Suas Mãos” (2001), produzido pela atriz Maria Zilda, e em “Viva Sapato!” (2003), de Luiz Carlos Laceda, o Bigode, com quem vem mantendo uma parceria em curtas-metragens desde então. No ano seguinte, levou às telas, junto ao parceiro Marco Nanini, o filme “Irma Vap”, a partir da peça homônima de sucesso. O filme escolhido pelo Cine-PE para celebrar sua homenagem só será exibido na terça-feira, às 16h horas. Trata-se de “O Beijo no Asfalto”, rodado em 1980 por Bruno Barreto.

Mais Recentes

Publicidade