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Críticas

A Era do Gelo: O Big Bang

A franquia esgotou-se? Hora de parar? Nem Scrat parece mais segurar a energia dos pré-históricos.

Por Luiz Joaquim | 11.07.2016 (segunda-feira)

06-jul-2016 (quarta-feira)

LUIZ JOAQUIM

A julgar por A era do gelo: o big bang (Ice age: collidion course, EUA, 2016), dirigido por Mark Tumeier e em cartaz amanhã (07/07), a franquia criada em 2002 por Carlos Saldanha e Chris Wedger esgotou-se.

Sempre pautada por um bom enredo, sendo a tensão da trama guiada pelo emburrado mamute Manny, o heróico tigre Diego e boba preguiça Sid, com tudo isso sendo amarrado pelo infeliz destino do feioso esquilo Scrat que nunca consegue manter junto de si sua amada noz, a franquia parece, agora, não oferecer mais empatia.

Mesmo em sua sequência de abertura, dedicada a Scrat, levando-o ao espaço sideral correndo atrás da noz e provocando uma catástrofe e, por conseguinte, promovendo o curso de um asteróide em direção a Terra, ela, a circunstância nos chega como velha, ainda que num ambiente totalmente novo, mas com os velhos gritos de angústias e caretas de medo que sempre acompanharam Scrat.

Este enredo no novo filme, o quinto da franquia, ainda se escora no ciúme de de Manny por sua filha Amora, já crescida. Agora Manny incomoda-se com a cerimônia de casamento entre Amora e o jovem e bobo mamute Julian prestes a acontecer. Ele tem de lidar com isso enquanto busca salvar sua turma do impacto iminente do asteróide contra o planeta.

O personagem que roubou a cena no filme anterior (2012), a debochada, braba e desengonçada avó banguela de Sid, ainda está no grupo, mas com menos espaço. Quem ganha este maior espaço é o novo herói da turma: Buck. Um sábio e escorregadio furão que pode ter uma ideia para salvar explosão do mundo pelo impacto do tal asteróide.

Num longo e quase enfadonho caminho até o a solução, surge aquela que talvez seja única boa sacada neste O big bang. Está no bode zen e guru, que vive numa redoma de cristais puros cuja energia o rejuvenesce. Num dos diálogos com o grupo, ao mesmo tempo em que vai mudando de várias posições yoga o velho e bom humor do nonsense está garantido. Mas é só.

 

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