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Festivais

12º Mostra de Cinema de Tiradentes (abertura)

Mostra investiga personagens contemporâneos

Por Luiz Joaquim | 23.01.2009 (sexta-feira)

Com a manutenção, neste ano de forte crise econômica, do patrocínio majoritário da Petrobrás à Mostra de Cinema de Tiradentes – iniciando hoje sua 12ª edição no município mineiro – o evento firma-se ainda com mais viço pela seriedade com a qual trata o assunto cinema.

Brilhantemente tocado pela Universo Produções, sob coordenação de Raquel Hallak, e com curadoria do crítico Cléber Eduardo, a Mostra reforça seu respeito em função de a cada ano concatenar o melhor da mais recente produção brasileira em torno de um tema conceitual, para que se possa discutir os rumos de nossas realizações. Em 2009, o foco gira em torno de “o lugar do personagem no cinema brasileiro contemporâneo”.

Em meio a exibição de 28 longas-metragens, 32 curtas em 35mm e 61 curtas em digital (totalizando 121 filmes), a Mostra de Tiradentes torna-se também uma janela lançadora em nível mundial. Um dos destaques deste ano é a estréia em longa-metragem de Eduardo Valente – premiado pelo Cinefondation em Cannes 2001 pelas mãos de Scorsese por “Um Sol Alaranjado”. Seu novo “No Meu Lugar” passa primeiro em Tiradentes, antes de ganhar o mundo no próximo Festival de Cannes, em maio, onde terá espaço certo pelo prêmio recebido em 2001.

O filme de Valente faz parte da grade “Olhares”, que adianta filmes que irão fazer barulho em 2009, como “FilmeFobia”, de Kiko Goifman, “Loki – Arnaldo Batista”, de Paulo Henrique Fontenelle, e “Se Nada Mais der Certo”, do mineiro José Eduardo Belmonte (homenageado do evento), que é projetado hoje, às 21h, abrindo a Mostra .

Outra categoria de exibição, a “Aurora”, é dedicada às primeiras experiências em longa-metragens de realizadores e aqui também temos premières mundiais como “A Casa de Sandro”, de Gustavo Beck, e “A Fuga da Mulher Gorila”, de Felipe Bragança e Marina Meliande.

Em matéria publicada no último dia 15, a Folha anunciou que Pernambuco também ganhará destaque em Tiradentes com nove trabalhos – o longa ‘KFZ-1348’, cinco curta em 35mm e três em digital -, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro e São Paulo em termos numéricos. O destaque fica por conta da primeira exibição dos novíssimos “São”, de Pedro Severien, e “Confessionário”, de Leo Sette.

Tiradentes também brinda seu habitual massiço público com debates acalorados entre o realizadores presentes e a crítica especializada como intermediaria Ao todo são 18 debates em torno dos filmes exibidos (incluíndo este ano os curtas). Há ainda quatro mesas temáticas formando o Seminário do Cinema Brasileiro: Ideias e Perspectivas, pelo mote “O Personagem e o Seu Lugar”, com as presenças de especialistas como Inácio Araújo, José Carlos Avellar, José Geraldo Couto e o cineasta pernambucano Hilton Lacerda, entre outros. A Folha de Pernambuco fará, pelo terceiro ano consecutivo, a cobertura da Mostra de Tiradentes.

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