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Festivais

3º Janela (2010) – programação

A casa tem três janelas

Por Luiz Joaquim | 09.11.2010 (terça-feira)

O festival Janela Internacional de Cinema do Recife entra em sua terceira edição com duas propostas de certa forma já estabelecidas: o interesse em promover o formato curta-metragem, que normalmente é visto como algo menor do que o longa, e o desejo de trazer filmes recentes na produção cinematográfica atual e obras clássicas no campo artístico. O evento começa nesta sexta-feira e vai até o dia 21 de novembro, com exibições tanto no Cinema da Fundação e quanto no Cinema São Luiz, com preços de R$ 1 (para as sessões de curtas) e R$ 8 e R$ 4 (meia).

Assim como ano passado, os filmes mais aguardados desta edição são as obras que participaram de Cannes, como “Cópia Fiel”, de Abbas Kiarostami (Fundação, segunda-feira, às 21h), “Um Homem que Grita” (Fundação, sábado, às 17h e São Luiz, domingo, às 17h) e “Poesia” (Fundação, sábado, às 21h15). Outro filme exibido em Cannes e que ganha espaço no Janela é “Minha Alegria” (Fundação, domingo, às 19h30, e no próximo sábado, dia 20, no São Luiz, às 19h). O diretor, o russo Sergei Loznitsa, vem ao Recife para debater com o público. Sua filmografia faz parte de uma mostra especial, composta pelos documentários “A Fábrica”, “Retrato” e “A Parada”, exibidos na terça-feira, na Fundação, às 16h45.

Entre os clássicos, há uma retrospectiva do que ficou conhecido como “Trilogia do Dólar”, com três filmes do cineasta italiano Sergio Leone. Os filmes (todos exibidos no São Luiz: “Três Homens em Conflito”, no sábado, às 20h30, “Por Um Punhado de Dólares”, na segunda, às 17h, “Por Uns Dólares a Mais”, na quinta, às 18h30) são protagonizados por Clint Eastwood, no papel de pistoleiro sem nome, fumante e de mira certeira que de certa forma o imortalizou no cinema.

Também como as outras edições do festival, o grande peso da programação é formado pelos curtas-metragens, sendo 69 ao todo (34 nacionais e 35 internacionais). Cada programa de curtas é formatado a partir de um conceito específico, um tema que conecta as obras num conjunto amplo. “A gente não estabelece esse conceito logo de cara, vem aos poucos enquanto vemos os filmes”, comenta Kleber Mendonça Filho, diretor artístico do festival.

Entre as mostras especiais, além de um programa dedicado aos curtas-metragens de Sergei Loznitsa, há uma seleção especial dos últimos 10 anos dos curtas da mostra paralela Semana da Crítica, do Festival de Cannes. Quem fez o recorte foi o próprio curador do evento francês, Bernard Payen, que vai estar no Recife entre os dias 12 e 22, aberto para bate-papo com realizadores presentes (a exibição será terça-feira, na Fundação, às 18h30). Outra mostra especial de curtas é o programa Cachaça Cinema Clube, que neste ano trouxe filmes a partir do tema “Galera da Pesada” (Fundação, quarta-feira, às 21h).

A última mostra especial tem um interesse especial de resgate e memória do cinema pernambucano. Na primeira edição do Janela houve exibição de filmes do Ciclo Super 8, na segunda foi a vez de videoclipes feitos nos anos 1990. Agora há o programa com filmes do grupo Telephone Colorido, coletivo que ao longo da última década produziu narrativas variadas, nos campos das artes plásticas, música e performances. O programa será exibido no São Luiz, no sábado, às 17h, e na Fundação, domingo, às 19h.

JANELA CRÍTICA
Outra repetição das duas primeiras edições do Janela é o segmento Janela Crítica, em que sete cinéfilos produzem análises sobre os filmes exibidos no evento, no site www.janelacritica.blogspot.com. Quem coordena a atividade é crítico de cinema deste CinemaEscrito, Luiz Joaquim.

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