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Críticas

Passaporte para Vida

Resistência durante a guerra

Por Luiz Joaquim | 13.09.2018 (quinta-feira)

– publicado originalmente em 05 de Março de 2004 no jornal Folha de Pernambuco

Passaporte para a vida (Laisser-Passer, França, 2002), de Bertrand Tavenier. Vencedor dos prêmios de ator e trilha sonora no Festival de Berlim no ano de seu lançamento, o filme remete à França ocupada pelos nazista durante a Segunda Guerra. O roteiro oferece ao público, com riqueza de detalhes, o martírio de toda a comunidade cinematográfica francesa durante aquele período, quando tinha de se submeter às ordens da indústria de filmes alemã para continuar praticando o ofício.

Tavernier, com fluência e domínio maestral, passeia pelo drama particular de fotógrafos, diretores de arte, cenógrafos e tantos outros técnicos, mas é sobre as histórias do roteirista Jean Aurenche (Denis Podalydes) e, principalmente, do diretor Jean Devaivre (Jacques Gamblin) que Tavernier se debruça para discorrer sobre a possibilidade de um cineasta, naquele tempo, continuar trabalhando sem trair seu país. Entre tantos gênios da época, Tavernier da vida a Charles Spaak (roteirista de A grande ilusão) e Clouzot (que não aparece no filme, mas é citado o tempo todo). Passaporte para a vida é, enfim, a grande (e inspirada) declaração de amor ao cinema de Tavernier.

 

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