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Festivais

8. Olhar (2019) – Pernambuco

São vários os braços do cinema de Pernambuco se fazendo presente por aqui, para além de seus filmes.

Por Luiz Joaquim | 08.06.2019 (sábado)

– na foto de Isabella Lanave, Enock Carvalho e Matheus Farias

CURITIBA (PR) – Henri Langlois (1914-1977), o gigante da Cinemateca Francesa, dizia que a história do cinema se define na totalidade de suas expressões. Em outras palavras, é a conjugação de todas as expressões – projetos, críticas, publicações, entrevistas, pôsters, trilha sonora, etc – além do filme em si, que configuram uma cinematografia. No mês passado, a cinematografia de Pernambuco brilhou em Cannes com Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, vencendo o prêmio do júri no 72o Festival de Cannes.

Numa outra perspectiva, daqui do 8o Olhar de Cinema: Festival Internacional de Curitiba, podemos dizer que a cinematografia de Pernambuco está mesmo bem viva em suas diversas expressões; e vai muito bem, obrigado.

A começar pela presença dos dois longas da Carnaval Filmes – Casa, de Letícia Simões (na mostra competitiva), e Estou me guardando para quando o carnaval chegar, de Marcelo Gomes (na mostra ‘Olhares Brasil’). São dois filmes fortes, um já celebrado internacionalmente, e outro dando aqui os primeiros passos para tornar-se célebre.

Outro filme presente é o curta-metragem Carangueijo rei, de Enock Carvalho e Matheus Farias (na mostra ‘Outros Olhares’), brincando seriamente com códigos do cinema de gênero e aspectos desordenados de nossa urbanidade.

No campo do projeto, a mesma dupla (Enock e Matheus) participam do ‘Curitiba_Lab’, no qual debatem o projeto Thales e o lobo. É o primeiro longa-metragem dos dois, em gestão, com o qual, por aqui, afinam aspectos do roteiro em encontros com o produtor Thiago Macêdo Correia, o roteirista Pedro Perazzo e a produtora executiva Jaqueline Souza.

Em poucas palavras, Thales e o lobo deverá seguir o seu protagonista Thales, um solitário projecionista de um cinema no centro do Recife (o São Luiz, supomos), até que ele encontra com uma figura vista como monstruosa invadindo a cidade, e só Thales o acolhendo.

Dando masterclass por aqui, estarão amanhã (9) o diretor Gabriel Mascaro com a produtora Rachel Dayse; e a atriz Maeve Jinkings (que não é pernambucana, mas adotou a terrinha para si) na segunda-feira (10).

Já no contexto curatorial do 8o Olhar, aparece o nome da jornalista Carol Almeida, como programadora (de um total de oito pessoas) das mostras do festival. E no âmbito da política pública, Pernambuco aparece com Milena Evangelista que hoje (8) integrou a mesa do 3o Fórum Paranaense de Cinema, no debate ‘Políticas para o audiovisual’.

Em foto de Isabella Lanave, a jornalista Carol Almeida (ao microfone)

No que diz respeito a publicações, há a participação deste que aqui escreve como um dos autores do livro Trajetória da crítica de cinema no Brasil, organizado pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). O livro será lançado amanhã, acompanhado de um debate com outros três coautores.

A produção intelectual pernambucana não para por aí. Segue com a diária cobertura do festival por este CinemaEscrito.com e também com aquela feita pela jornalista Luciana Veras para a reviste Continente.

São vários os braços do cinema de Pernambuco se fazendo presente por aqui, para além de seus filmes.

* Viagem a convite do festival

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