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Festivais

13. CineOP (2018) – abertura

Se você trabalha com memória e preservação e não veio ao CineOP, então falta algo em você.

Por Luiz Joaquim | 14.06.2018 (quinta-feira)

– na foto de Leo Lara, a atriz Maria Gladys, homenageada desta edição. 

OURO PRETO (MG) – Se você está na área do cinema no Brasil, trabalha com pesquisa, história, preservação ou educação no audiovisual nacional mas não está agora no CineOP: Mostra de Cinema de Ouro Preto, então você precisa rever suas prioridades.

Iniciando hoje (14), com abertura no tradicional Cine Vila Rica a partir de uma performance, uma homenagem à atriz Maria Gladys, e da exibição de Sem essa, Aranha (1970), de Rogério Sganzerla, o CineOP transformou a si, numa trajetória iniciada em 2005, no ambiente mais respeitado e prolífero para discutir e refletir sobre nossa memória e sobre nossa própria formação tendo como bússula o audiovisual.

Um respaldo como esse não existiria se não contasse com a presença maciça das melhores cabeças do País, aqui sempre reunidas, com o objetivo de compartilhar velhas experiências e assimilar outras novas, o que nos leva ao tema central deste ano: Fronteiras do patrimônio audiovisual em diálogo com a história, educação e as artes.

Exemplo de debate ilustrativo nesse tema, entre diversos outros encontros oferecidos por aqui, acontece às 17h de amanhã (15) na mesa que irá discutir e lançar o livro Nova história do cinema brasileiro: Novos enfoques, materiais e perspectivas.

No campo da preservação, estará em pauta o intercambio entre a indústria, o mercado e arquivos, seu conteúdo, o fomento e a regulação com a intenção de ampliar o diálogo com alguns convidados internacionais responsáveis pela guarda e manutenção de acervos de audiovisual. 

A temática história (que norteia boa parte da programação de filmes) tem como eixo central, nesta 13a edição, o título Vanguarda tropical: cinema e outras artes, com curadoria de Francis Vogner dos Reis e Lila Foster, em referência ao movimento artístico iniciado nos 1960.

Para além dos encontros, shows musicais (Karina Buhr e Tom Zé, inclusos), performances e seminário deste ano, a mostra nos brinda, claro, com uma intensa programação de filme até segunda-feira (18). São134 obras (15 longas-metragens, seis médias e 113 curtas) de 12 estados e três países (EUA, Espanha e França). Os filmes são distribuídos em oito programas: ‘Contemporânea’, ‘Preservação’, ‘Homenagem’, ‘Histórica’, ‘Educação’, ‘Especia’, ‘Mostrinha’ e ‘Cine Escola’.

FILMES – Entre as joias disponíveis nessa edição, aparecem A fila, de Katia Maciel; À meia-noite com Glauber, de Ivan Cardoso; Alma no olho, de Zózimo Bulbul; Light works, de Iole de Freitas; X, de Ana Maria Maiolino; Terror da vermelha, de Torquato Neto; e O demiurgo, de Jorge Mautner.

Há ainda, no domingo (17) uma sessão especial de O atalante (1934), obra prima de Jean Vigo, trazida em versão restaurada pela francesa Céline Ruivo que é, nada menos, que curadora da Cinemateca Francesa e coordenadora da comissão técnica da respeitada Fédération Internacinale des Archives du Film (FIAF)

O público do 13o CineOP também poderá acompanhar o estudo de caso da restauração de obras de Orlando Bomfim Netto, primeiro realizador a registrar o cotidiano cultural do Espírito Santo, a partir dos 1970. Cinco de seus filmes serão mostrados por aqui.

Confira a programação completa aqui e acompanhe o 13o CineOP pelo CinemaEscrito.com que, neste 2018, realiza sua 11a cobertura consecutiva do evento.

 

– Viagem a convite da Mostra.

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